sábado, 11 de agosto de 2012
Juliana e Larissa desembarcam em Fortaleza com o bronze que conquistaram nas olímpiadas de Londres
FORTALEZA – Depois de oito anos de dedicação, a volta para casa com a sensação de dever cumprido e a sonhada medalha olímpica no pescoço. Foi este o clima que marcou o desembarque da dupla brasileira de vôlei de praia Juliana/Larissa em Fortaleza (CE), nesta QUINTA-FEIRA (09.08), após a conquista da inédita medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres.
No retorno à cidade onde construíram uma história marcada por vitórias e superação, as atletas foram recebidas com faixas e flores por torcedores, amigos e familiares no Aeroporto Internacional Pinto Martins. A comemoração teve direito ainda a uma banda de música.
Presidente da Federação Cearense, José Virgílio Pires parabenizou a dupla em nome da Confederação Brasileira de Voleibol. Gony Arruda, Secretário de Esportes do Ceará, representou o Governador Cid Gomes.
Juliana, que defendeu o Brasil na Olimpíada pela primeira vez, comentou as emoções vividas e agradeceu o carinho dos brasileiros e, mais especificamente dos cearenses, com a dupla.
“Jogar uma Olimpíada é realmente diferente e ganhar uma medalha torna essa participação diferenciada e representa muito para nós. Eu sou de Santos e a Larissa é do Espírito Santo, mas nos consideramos cearenses. Fortaleza representa uma grande virada na nossa vida e é uma satisfação enorme levar o nome do Ceará pelo mundo afora”, diz a melhor jogadora do mundo nas três últimas temporadas.
Larissa, que disputou os Jogos pela segunda vez, depois do quinto lugar ao lado de Ana Paula, em 2008, comemorou a conquista da inédita medalha olímpica pela dupla, que é hexacampeã do Circuito Mundial, bicampeã pan-americana, pentacampeã brasileira e campeã mundial.
“São oito anos juntas, várias competições, e só agora conseguimos jogar juntas uma Olimpíada. O sentimento em 2008 não foi o mesmo porque não tinha a Juliana ao meu lado. No fim do último jogo, nos abraçamos, olhamos uma para outra e não precisamos dizer nada. Já tínhamos ganhado tanta coisa, mas realmente a Olimpíada tem um gostinho especial. Merecíamos fechar o ciclo olímpico com esta medalha, que, para nós, tem gosto de ouro”, observa Larissa.
Além das atletas, também desembarcaram o treinador Reis Castro, o preparador físico Francisco Oliveira e o fisioterapeuta Jullius Queiroz, integrantes da comissão técnica medalhista olímpica.
A medalha olímpica era a glória que faltava na carreira da dupla, formada na temporada 2004. Em oito anos de parceria, as brasileiras conquistaram um título mundial, seis do Circuito Mundial, dois pan-americanos e cinco no Circuito Banco do Brasil. A medalha poderia ter vindo em 2008, quando a dupla era a líder do ranking, mas Juliana contundiu-se e Larissa disputou a Olimpíada ao lado de Ana Paula, terminando em quinto lugar.
Após a conquista da medalha olímpica, a dupla terá poucos dias de descanso em casa. Na próxima QUARTA-FEIRA (15.08), as brasileiras já estarão em ação novamente, em busca do heptacampeonato do Circuito Mundial, na disputa da 10ª etapa da temporada, o Grand Slam de Stare Jablonki, na Polônia.
Brasil vence os Estados Unidos e conquista o bicampeonato olímpico em Londres
RIO DE JANEIRO, 11.08.2102 –. A seleção brasileira feminina de vôlei é bicampeã olímpica. Neste SÁBADO (11.08), o Brasil venceu, de virada, os Estados Unidos na final dos Jogos Olímpicos de Londres por 3 sets a 1 (11/25, 25/17, 25/20 e 25/17), em 1h40 de jogo, no Earls Court, em Londres. Com a vitória, o treinador José Roberto Guimarães conquistou a terceira medalha de ouro olímpica como técnico.
Na equipe brasileira, seis jogadoras se sagraram bicampeãs olímpicas. A oposto Sheilla, as centrais Fabiana e Thaisa, as ponteiras Paula Pequeno e Jaqueline e a líbero Fabi entraram para o seleto grupo de atletas com duas medalhas de ouro em Olimpíadas.
O Japão ficou com a medalha de bronze ao bater a Coréia do Sul, na manha deste sábado, por 3 sets a 0.
A ponteira Jaqueline foi a maior pontuadora da partida, com 18 acertos. A oposto Sheilla marcou 15, a central Fabiana, 14, e a ponteira Fernanda Garay, 12. Pelo lado dos Estados Unidos, a oposto Hooker e a ponteira Logan fizeram 14 pontos cada.
A líbero Fabi comentou a campanha brasileira em Londres. “Temos uma história muito bonita. Não saímos do buraco à toa. Falamos o tempo todo que íamos lutar e esse foi o nosso time. É uma emoção que não tem como dizer em palavras. São coisas que só nós sabemos o que passamos no dia a dia”, disse Fabi, que também falou sobre a dedicação de toda a equipe.
“Jogamos por amor. Amamos e vivemos de vôlei. É um privilégio poder vestir a camisão da seleção e representar o nosso país. Esse grupo foi incrível. Na hora mais difícil, mais complicada, nos unimos e mostramos que tem um grupo de 12 que estão aqui e mais cinco que ficaram no Brasil”, destacou Fabi, lembrando de Mari, Juciley, Camila Brait, Sassá e Fabíola, que fizeram parte do ciclo olímpico.
A ponteira Jaqueline, maior pontuadora da partida, ressaltou a força do grupo na vitória sobre as americanas.
“Eu nunca fui protagonista, de atacar muitas boas, mas hoje consegui me senti abençoada. Confiei em cada ataque e deu certo. O grupo foi muito forte em todos os momentos apesar das dificuldades e hoje somos bicampeãs”, afirmou a ponteira.
O treinador José Roberto Guimarães analisou a atuação do Brasil na partida decisiva. “Os Estados Unidos entraram na partida voando. No segundo set, o nosso saque começou a funcionar e as coisas mudaram. O bloqueio e a defesa apareceram e pressionamos as americanas. Tenho que agradecer ao povo brasileiro por todo o apoio e agora temos que comemorar muito esse resultado”, garantiu José Roberto Guimarães.
O JOGO
Os Estados Unidos começaram bem a partida e abriram cinco (6/1). Com um ace da oposto Hooker, as americanas fizeram 11/5. O Brasil cometeu muitos erros de ataque e os Estados Unidos venceram o primeiro set por 25/11.
O Brasil voltou melhor para o segundo set e fez 6/3. O bloqueio e contra-ataque das brasileiras passaram a funcionar e o time verde e amarelo abriu cinco (11/6). Os Estados Unidos voltaram a bloquear com eficiência e empataram (12/12). Com uma bela largada da oposto Sheilla, as brasileiras voltaram a abrir no marcador (15/12). O Brasil seguiu melhor no final da parcial e venceu o segundo set por 25/17.
As brasileiras seguiram melhor no início do terceiro set. Com um bloqueio da central Fabiana sobre um ataque da oposto Hooker, o Brasil fez 5/2. A líbero Fabi se destacava na defesa, e o time verde e amarelo abriu cinco (14/9). Os Estados Unidos reagiram na final da parcial, mas, com grandes atuações das ponteiras Jaqueline e Fernanda Garay, o Brasil fechou o terceiro set por 25/20.
O quarto set começou equilibrado. Na segunda parada técnica, o Brasil tinha dois de vantagem (8/6). O saque das brasileiras incomodava a recepção das americanas e o time verde e amarelo foi para o segundo tempo técnico com seis de vantagem (16/10). O Brasil segurou a diferença, fez 25/17, e venceu o jogo por 3 sets a 1.
Alison e Emanuel conquistam a prata Nas olimpiadas de Londres
RIO DE JANEIRO, 09.08.2012 – O vôlei de praia brasileiro conquistou, nesta QUINTA-FEIRA (09.08), sua segunda medalha nos Jogos Olímpicos de Londres. Um dia depois de Juliana e Larissa conquistarem o bronze, Alison e Emanuel garantiram a prata no torneio masculino, disputado na Horse Guards Parade. Apesar de toda luta e garra, os campeões mundiais foram superados pelos alemães Julius Brink e Jonas Reckermann por 2 sets a 1 (21/23, 21/16 e 14/16) na decisão do torneio olímpico. Esta é a primeira medalha de ouro do vôlei de praia alemão nos Jogos Olímpicos.
A medalha de bronze ficou os letões Martins Plavins e Janis Smedins, principais surpresas do torneio olímpico, que superaram os holandeses Richard Schuil e Reinder Nummerdor por 2 sets a 1 (19/21, 21/19 e 15/11) na disputa de terceiro lugar e conquistaram a primeira medalha olímpica da Letônia no vôlei de praia.
A medalha olímpica vem na sequência de uma temporada fantástica obtida pela dupla em 2011, quando Alison e Emanuel venceram o Campeonato Mundial, o Circuito Mundial, os Jogos Pan-Americanos e o Circuito Banco do Brasil.
Único atleta masculino a participar de todas as cinco edições dos Jogos Olímpicos em que o vôlei de praia esteve presente, o paranaense Emanuel, de 39 anos, conquistou sua terceira medalha, depois do ouro em Atenas/2004 e do bronze em Pequim/2008, igualando o antigo parceiro Ricardo como recordista de medalhas olímpicas no cenário mundial.
“Recebo esta medalha com muita alegria. É muito importante contribuir com o Brasil nestes Jogos Olímpicos. A organização foi maravilhosa, a arena esteve sempre lotada e foi um prazer passar estes 20 dias aqui. Queríamos muito o ouro, mas a final foi incrível, qualquer um dos times poderia ter vencido e estou muito satisfeito pelo que fizemos, não só aqui, mas ao longo destes três anos de trabalho. Foi no dia a dia, com muito esforço, que construímos esta medalha”, diz Emanuel.
A medalha também é a terceira para a técnica da dupla, Letícia Pessoa, que conquistou a prata em Sydney/2000 e Atenas/2004, no comando das lendárias Adriana Behar e Shelda. O jovem Alison, estreante olímpico, celebrou a conquista da prata, apesar de lamentar os erros no final.
“Eles jogaram muito bem e mereceram vencer. A gente errou nos momentos decisivos e isso acabou sendo fatal. Meu sonho olímpico quase ficou completo. Queria dar mais um ouro para o Emanuel, mas a prata tem um valor enorme e tenho muito orgulho desta medalha, que foi muito suada. Perdemos como guerreiros. Fizemos o melhor pelo Brasil até o final e sabemos que o trabalho foi bem feito”, diz o “Mamute”.
Na decisão, o número mais elevado de erros dos brasileiros (15 a 10) acabou determinando a vitória alemã. Emanuel marcou 29 pontos de ataque e um de saque, além de ter conseguido 18 defesas. Alison converteu 12 ataques, três bloqueios e um saque em ponto.
Medalhistas desembarcam no Rio de Janeiro nesta sexta
Alison e Emanuel retornam ao Brasil nesta SEXTA-FEIRA (10.08). A dupla desembarcará no Aeroporto Internacional Maestro Antônio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro, às 20h55, e concederá entrevista coletiva no local. O assessor de imprensa Guilherme Torres (21-8419-4011) estará presente para auxiliar o trabalho dos jornalistas.
O JOGO
O início da partida foi digno de uma final olímpica, com poucos erros e os ataques prevalecendo sobre os sistemas defensivos. A primeira vantagem de dois pontos foi da dupla alemã, que chegou a 13/11 no saque de Reckermann. O Brasil chegou à igualdade no 15º ponto, em um erro de ataque de Brink. A virada brasileira veio em 18/17, com Reckermann atacando para fora. No final, um ataque para fora de Emanuel e um contra-ataque de Reckermann deram a vitória à dupla alemã em 23/21.
A dupla brasileira não sentiu a virada e marcou os dois primeiros pontos do segundo set, mas os alemães conseguiram o empate em 2/2. Um ponto de saque de Alison recolocou o Brasil em vantagem: 4/2. Uma bola de segunda de Emanuel ampliou a vantagem para 11/7. O paranaense explorou o bloqueio alemão e marcou 15/9. Com Alison se agigantando na rede, a vantagem subiu em 17/10. Os alemães cresceram na reta final do set, mas um saque para fora de Reckermann definiu a vitória brasileira em 21/16.
A dupla brasileira começou o tie-break com muita intensidade e, após uma recuperação incrível de Alison, Emanuel largou para maçar 2/0. Os alemães empataram com um bloqueio de Reckermann e viraram para 7/5 em um contra-ataque, mas Emanuel empatou novamente no contra-ataque. Reckermann, novamente no bloqueio, abriu 9/7, e um erro de Emanuel deixou os alemães perto da vitória: 12/8. Os brasileiros conseguiram uma incrível reação no fim, empataram em 14/14, mas um ataque para fora deu o ouro aos alemães: 16/14.
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